terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Metformina


Metformina

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metformina (DCI; comercializada como GlifageDimeforGlucoforminGlucophage, entre outras marcas, e como medicamento genérico) é um antidiabético oral da classe das biguanidas. É o medicamento de escolha no tratamento inicial do diabetes mellitus tipo 2, especialmente em pessoas obesas ou com sobrepeso e pessoas sem problemas renais.[1][2][3][4] É o antidiabético mais usado no Brasil e nos Estados Unidos (onde foi prescrita quase 35 milhões de vezes em 2006 como genérico).[5] A metformina e a glibenclamida (uma sulfoniluréia) são os únicos antidiabéticos orais constantes da Lista Modelo de Medicamentos Essenciais da Organização Mundial de Saúde.[6] No Brasil, faz parte do programa Farmácia Popular do Ministério da Saúde.[7]
Os efeitos colaterais comuns da metformina são poucos e de pouca gravidade (desconforto gástrico, cólicasdiarreia, às vezes enjoo e vômitos) e geralmente restringem-se ao início do tratamento. A metformina ajuda a reduzir os níveis delipoproteína de baixa densidade (LDL, o "colesterol ruim") e triglicérides, é um dos poucos antidiabéticos que não provocam hipoglicemia (motivo pelo qual é às vezes classificada como normoglicemiante e não hipoglicemiante) e não provoca aumento de peso, podendo até mesmo provocar discreto emagrecimento.

História

O desenvolvimento da classe das biguanidas foi derivado do estudo dos efeitos da planta Galega officinalis, amplamente usada na Europa desde a Idade Média como um tratamento popular para a poliúria do diabetes.[8] Mais tarde, descobriu-se o composto químico responsável pelo efeito hipoglicemiante da planta – denominado galegina –, um derivado da guanidina. A guanidina por si só é tóxica demais para ser usada como medicamento, mas o desenvolvimento de agentes derivados persistiu,[8] e em 1957 foi publicada a primeira descrição científica da metformina.[9] A metformina entrou em uso clínico pela primeira vez na França, em 1979; nos Estados Unidos, foi aprovada somente no final de 1994,[10]devido a preocupações de longa data a respeito da segurança das biguanidas. Biguaninas sao insulino-dependentes.

Indicações

A principal indicação para a metformina é o diabetes mellitus tipo 2, principalmente em pessoas obesas e quando acompanhado de resistência à insulina. A metformina reduz a ocorrência de todas as complicações do diabetes, sendo que é o único antidiabético oral comprovadamente capaz de prevenir suas complicações cardiovasculares,[11] e parece ter a melhor relação risco-benefício dentre todos os antidiabéticos, mesmo os de desenvolvimento mais recente. Ao contrário das sulfoniluréias, a outra classe de medicamentos mais utilizada contra o diabetes, a metformina por si só é incapaz de provocar hipoglicemia, pois não aumenta ou estimula a secreção de insulina[12] (embora raríssimos casos de hipoglicemia após exercício físico intenso tenham sido relatados[13]); portanto, é às vezes considerada um "normoglicemiante". A metformina não causa aumento de peso, e pode mesmo provocar discreto emagrecimento.[14] Também reduz os níveis de ácidos graxos livres, e pode reduzir discretamente os níveis de LDL e triglicérides.[4][15]
A metformina também está indicada e é eficaz no tratamento da síndrome do ovário policístico (SOP),[16][17] na qual a resistência à insulina é um fator fundamental. O National Institute for Health and Clinical Excellence, agência governamental do Reino Unido, recomenda que mulheres com síndrome do ovário policístico e índice de massa corpórea (IMC) acima de 25 recebam metformina quando outros tratamentos não surtirem efeito.[18] Vem sendo estudado o uso da metformina na doença hepática gordurosa não-alcoólica (DHGNA)[19] e esteatoepatite não-alcoólica (EENA ou EHNA)[20] e na puberdade precoce,[21] três doenças que também envolvem resistência à insulina. Entretanto, a metformina ainda não foi aprovada para tais usos, e um estudo piloto demonstrou que seu benefício na DHGNA pode ser apenas passageiro.[22]

Mecanismo de ação

O mecanismo de ação da metformina ainda é incerto, apesar de meio século de uso e benefícios terapêuticos bem caracterizados. A principal responsável pela atividade hipoglicemiante da metformina parece ser uma redução da produção de glicose no fígado (neoglicogênese), além de diminuição da absorção de glicose no trato gastrointestinal e aumento na sensibilidade à insulina, devido ao maior uso da glicose pelos músculos.[15] A taxa de neoglicogênese de uma pessoa "média" com diabetes pode ser três vezes maior que a de uma pessoa sem a doença; a metformina é capaz de cortá-la em mais de 30%.[23]
Um estudo publicado em 2001 demonstrou que a metformina estimula a função de uma enzima denominada AMPK, que desempenha um importante papel no metabolismo de lipídeos e da glicose.[24] Os alvos moleculares com os quais a metformina interage diretamente ainda são desconhecidos.

Efeitos adversos

[editar]Gastrointestinais

Os efeitos adversos mais comuns da metformina são de natureza gastrointestinal – náuseasvômitosdiarréiagasescólicas, e falta de apetite – e são mais freqüentes no início do tratamento ou após um aumento na dose.[15] A metformina parece provocar desconforto gastrointestinal mais freqüentemente que a maior parte dos outros antidiabéticos.[25] Em um estudo clínico norte-americano de 286 pacientes, mais da metade dos que receberam metformina relataram diarréia, contra pouco mais de 11% dos que receberam placebo, e um quarto dos pacientes relatou náuseas ou vômitos, contra pouco mais de 8% dos que tomaram o placebo.[26]
Embora a metformina seja bem tolerada pela maior parte das pessoas, seus efeitos gastrointestinais podem ser bastante desconfortáveis; pode-se evitá-los começando o tratamento com uma dose baixa e aumentando-a gradualmente (titulação).[15][4] Desconforto abdominal após uso crônico (prolongado) é raro.
O uso prolongado da metformina está associado a um aumento nos níveis de homocisteína no sangue[27] e a má-absorção da vitamina B12.[28][29] Quanto maior a dose de metformina e o tempo de uso, maior a incidência de deficiência de vitamina B12; alguns autores recomendam estratégias de prevenção.[30]

[editar]Acidose láctica

efeito adverso potencial mais grave da metformina é a acidose láctica ou lactoacidose. Entretanto, é bastante rara, e parece ocorrer apenas em pessoas com comprometimento da função hepática ou renal.
Outra biguanida, a fenformina, foi retirada do mercado em vários países (inclusive os Estados UnidosPortugal e Brasil) devido a um risco inaceitável de provocar acidose láctica. A metformina, no entanto, é mais segura, e já se demonstrou que ela não aumenta a incidência de acidose láctica quando são respeitadas as contra-indicações conhecidas.[31

Hormonal

Um relato de caso norte-americano envolvendo quatro pessoas com disfunção da tireóide sugere que a metformina pode suprimir os níveis de hormônio tireoestimulante (TSH), sem provocar sintomas de hipertireoidismo ou aumento apreciável nos níveis de tiroxina. O mecanismo pelo qual o efeito é produzido, bem como sua importância clínica, ainda é desconhecido.[32]
A freqüência e gravidade dos efeitos adversos em crianças parecem ser semelhantes às em adultos.[15]

[editar]Interações com outros medicamentos

cimetidina (utilizada no tratamento da úlcera péptica) aumenta a concentração de metformina no sangue, pois torna a remoção de metformina pelos rins mais lenta.[33] Tanto a metformina como a cimetidina (principalmente a forma catiônica, ou positivamente carregada, desta) são excretadas pelos rins do mesmo modo, e podem competir pelos mesmos mecanismos celulares de transporte.[34] Um pequeno estudo duplo-cego demonstrou que o antibiótico cefalexina também aumenta a concentração de metformina, de modo semelhante;[35] teoricamente, muitos fármacos catiônicos (como a digoxina, a morfina, o quinino e a vancomicina) podem produzir o mesmo efeito.[34][15] A furosemida, um diurético, interage com a metformina; a concentração e a meia-vida da furosemida são reduzidas, enquanto a concentração de metformina aumenta, sem alteração de sua remoção do organismo.[34]

[editar]Contra-indicações

O uso de metformina está contra-indicado em pessoas com qualquer doença que possa aumentar o risco de acidose láctica, como diminuição da função renal (níveis de creatinina no sangue acima de 1,4 a 1,5 mg/dl, embora tais limites sejam arbitrários), doenças do fígado, e estados associados à hipóxia (doenças pulmonares, sepseinfarto do miocárdio).[15][36] Há muito tempo a insuficiência cardíaca tem sido considerada uma contra-indicação à metformina, mas uma revisão sistemática publicada em 2007 demonstrou que a metformina é o único antidiabético oral não prejudicial a pessoas com insuficiência cardíaca.[37]
Recomenda-se a suspensão temporária do uso da metformina antes de qualquer exame radiológico (como tomografia ou angiografia) no qual se utilize contraste iodado, pois o meio de contraste pode provocar um comprometimento temporário da função renal, causando um acúmulo de metformina no organismo e indiretamente levando à acidose láctica.[38][39] No Brasil, recomenda-se que a metformina seja interrompida dois dias antes do exame,[15] embora isso nem sempre seja possível (por exemplo, quando o exame precisa ser realizado em caráter emergencial). Também se recomenda que o uso de metformina seja retomado após não menos de 48 horas, e contanto que a função dos rins esteja normal.[38][39]




segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A consulta - parte 2

Como foi uma consulta muito pequenina e com muito pouco tempo para perguntar ou tirar dúvidas, aqui vai o balanço:
Continuo com ciclos longos (a não ser este... que ainda estou para perceber o que aconteceu!), por isso continuarei a tomar Ovusitol e Duphaston. Farei novas análises ao Estradiol, FSH e LH, TSH e à Prolactina no  2º a 4º dia do novo ciclo e depois dessa análise começarei a tomar metformina para ver a resposta dos meus ovários (tenho um certo receio deste medicamento, mas pronto...). A ideia seria levar o valor da LH ao nível 4 para equilibrar com o valor da FSH.
Até Maio farei este tratamento e, se não engravidar até esse mês, já sei que irei introduzir o Dufine como ajudante da ovulação.
Se mesmo assim não resultar, então terei de fazer uma cirurgia de estimulação ovárica (a tal que a minha irmã fez e que engravidou no pós-operatório!!!).
Para já, o marido não vai fazer espermograma, apenas pediu que emagrecesse pois ele desconfia que o problema é a maturação dos meus óvulos.
A HSG não está prevista, diz ele que é um exame invasivo não necessário no meu quadro clínico actual.
E pronto, temos até Maio para conseguir o objectivo ;) a ver vamos!

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

A consulta - parte 1

Ontem, como sabem, tive consulta. E como tinha, também, auditoria externa da qualidade, aqui na empresa, pedi para marcarem a minha hora para bem tarde, porque adivinhava um dia complicado.
Eram 17h30 quando me telefonaram do consultório a perguntar se eu podia ir mais cedo, até às 18h15, porque o meu médico teria de se ausentar uma hora mais tarde.
Compreendi, mas fiquei fula!!! Por sorte a coisa andou bem e pude sair do escritório às 18h00, com direito a uma condução alucinante entre o trânsito de hora de ponta. Só fui atendida às 19h15 e estive lá dentro 15 minutos. Nem imaginam o quanto me custou pagar a consulta no fim!!!

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Pareço bruxa...

Foi sol de pouca dura. O meu Chefe voltou a fumar, depois de uma semana de abstinência. E eu é que sofro por aqui! Bendito aquecedor que me mantém os pés quentes com a janela totalmente escancarada!!!
Bolas!!!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

A três dias...

Faltam 3 dias para a tão esperada consulta. Credo! Nunca esperei estar tão ansiosa por uma consulta que, muito provavelmente, me vai obrigar a fazer uma histerossalpingografia (só o nome assusta!).

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2012

Duphaston

Deveria ter tomado 2 comprimidos ao pequeno-almoço no passado dia 15, mas só ontem, dia 16 é que me lembrei... tomei-os ao jantar... haverá algum mal???? O médico vai puxar-me as orelhas! Que cabeça de vento sou!

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

Engenheiro?!?!?

Hoje, aqui no escritório, um colega, Engenheiro, chega-se ao pé da minha secretária e pergunta:
"O que é que falta na casa de banho para ter luz?"
Ao que eu respondo, prontamente, como um aluno que sabe a resposta correcta e com alguma admiração por tal questão:
"Uma lâmpada!?"

Há coisas tão óbvias que se tornam em perguntas estúpidas, principalmente para alguém que tem conhecimentos na área... então não se vê logo que a lâmpada fundiu? Valha-me a Santa Paciência...

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O (meu) dia dos namorados

O meu dia dos namorados foi bem diferente do normal em 13 anos de festejos...
Eu com uma valente gripe, ele com uma gripe valente;
Um funeral pelo meio da tarde;
Uma fugaz ida ao shopping para resolver uma suposta dívida de telemóvel (???) valeu o dia ao reparar numa florista e ver a quantidade de homens às aranhas para comprar o ramo ideal;
Jantar na cama (robalo assado com batatinhas e bróculos e curd de limão para a sobremesa);
Remédios e gatas como acompanhantes de uma suposta noite romântica;
Dormir até hoje de manhã com a ajuda da pedrada dos remédios.
Ficará bem recordado, sim!

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Ouro sobre azul!!!

Como eu adoro (not) Segundas-feiras, nada melhor como começar uma semana toda entupida e afónica! Ao menos deu-me gosto colocar o meu chefe a fazer uma parte do meu trabalho... a atender o telefone, eheh!

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

PRECISA-SE DE SANGUE

O Instituto Português do Sangue precisa de aumentar as reservas de sangue A- e O- que estão muito abaixo do normal.
http://ipsangue.org/ipsangue2011/index.php?option=com_wrapper&view=wrapper&Itemid=52
A sua dádiva salva vidas!
http://ipsangue.org/ipsangue2011/index.php?option=com_content&view=article&id=114:centros-regionais-de-sangue-abertos-este-domingo

Os novos dados sobre o aborto

Estava eu a ler este artigo no Jornal de Notícias quando me saltou à vista o seguinte facto: "Só em 2010 houve 4.651 repetições de aborto, das quais 978 representaram duas ou mais repetições, revela o estudo, que usa dados da Direção-Geral da Saúde (DGS) e do Instituto Nacional de Estatística (INE), até 2010.
No ano em que o aborto foi despenalizado, 1.270 mulheres reincidiram, 306 das quais duas ou mais vezes. O número de mulheres que fizeram mais do que um aborto passou para 3.549 em 2008 e para 4.004 em 2009."

Há aqui qualquer coisa errada... quando a lei do aborto despenalizado até às dez semanas foi aprovada, tinha esperança que por trás desta medida surgisse o planeamento familiar como obrigatoriedade para um acompanhamento da mulher, por forma a que novos casos de aborto não se repetissem. 
Esta (triste) realidade precisa de ser mastigada, ruminada, digerida e rapidamente modificada. Estamos a falar da opção do aborto como método contraceptivo, tal e qual como aconteceu com a pílula do dia seguinte. 
Apesar de não condenar quem aborta por livre e espontânea vontade, até porque acredito que é um processo muito penoso para a maioria das mulheres que aborta, revolve-me as entranhas quando há pessoas que se tornam reincidentes. E, infelizmente, uma minoria não é reincidente uma vez, apenas! 
Há que estabelecer regras! O aborto é totalmente custeado pelos nossos impostos. No SNS quem decide abortar não tem que suportar qualquer custo. Quem quer engravidar, paga! No SNS quem quer abortar pode fazer quantas IVG queira. Quem quer engravidar tem limite! Vá, eu sei que a logística entre um aborto ou uma concepção medicamente assistida é diferente e os custos implicados são substancialmente diferentes, mas trata-se de uma questão de saúde pública, de justiça. Há que repensar na política de educação sexual, há métodos contraceptivos a roçar os 100% de segurança, além que de todos os Centros de Saúde têm pílulas e preservativos gratuitos!
Há que chamar a atenção para isto, para que as coisas se alterem um pouco e sejam feitas como deveriam...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

O meu medo...

Janeiro já passou e eu não tive coragem de marcar consulta. Cada vez mais fico com medo do que virá pela frente, os exames, a impossibilidade de fazer as coisas pelo privado, a espera pelas consultas no público, a incerteza dos tratamentos e dos seus resultados... tudo me assusta e perco a coragem de lutar, de seguir em frente. Nesta altura do campeonato já deveria ter iniciado um novo ciclo e aguardo a vinda do período que teima em não chegar. A angústia toma conta de mim devagarinho e apodera-se, qual monstro, da minha mente. Tremo, transpiro, desespero e não tenho paciência para nada, nem para ninguém. Esse é o meu maior defeito, no que toca à saúde, eu não consigo lutar... o marido também anda ansioso, sonha com o quarto do bebé, com o berço, com a cor das paredes, com a insonorização e o isolamento do quarto para que nenhum barulho ou frio entre e afecte o seu filhote. E eu, com atitude de durona, mas com o coração angustiado, peço-lhe esperança e que não se vá abaixo. Nós, as mulheres, temos essa capacidade, pode a nossa alma chorar que teremos sempre força e energia para confortar. E dói, e rói, ao ponto de magoar. Hoje o dia está cinzento e a minha alma tb. Foi só um desabafo, amanhã será diferente...