segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Mais um... negativo!

A saga continua... o período deveria ter vindo na semana passada e, hoje de manhã, para descarga de consciência de todos, decidi fazer um teste para tirar macaquinhos da cabeça. Claro que deu o resultado que eu já sabia, negativo! A ausência de qualquer sintoma levava-me a ter 90% de certeza que não tinha acontecido nada, mas a esperança dos outros 10% levaram-me a supor que podia ter acontecido. Agora resta esperar por Sua Excelência para poder marcar consulta no Sr. Doutor...
Boa semana para todos.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Fé

Ora aqui está um tema polémico: a religião. Falar de Fé é uma experiência muito pessoal, vivida com a intensidade que a pessoa lhe dá e da própria comunhão com os agentes desta.
Eu sempre fui educada numa família católica, mais ou menos praticante, e o meu despertar religioso aconteceu por volta dos meus 13 anos. Desde aí, participava todos os domingos na Missa, fazia parte do grupo dos acólitos, dos leitores e do coro juvenil, ingressei nos escuteiros e por fim, formei-me catequista (com cursos oficiais!).
A minha personalidade estava em construção e em fase de afirmação, conforme um normal adolescente. Quando ingressei na Universidade experimentei um mundo novo que fervilhava ciência, ideologias e conceitos fortes de liberdade, justiça e conhecimento. A minha Fé ficou abalada e fiz uma pausa de três anos na minha prática religiosa. Cheguei ao ponto de questionar tudo e pensar que não necessitava da minha Fé para nada. Eu, ser pensante e consciente, era superior à Fé.
As sementes tinham sido lançadas, morreram, mas não tardaram a germinar. No fim desse tempo, tomei consciência que não era feliz. A ciência explicava umas coisas, mas não tinha resposta para outras... sentia-me vazia... tanto conhecimento que não me preenchia, que não me servia de nada, a não ser para me defender no mercado de trabalho.
Comecei a frequentar, novamente, a Igreja. E voltei a acreditar. Sinto-me felicíssima na minha experiência pessoal com Deus e na vontade de seguir Jesus, proceder segundo o que Ele ensinou. E sou tão feliz!
Agora vivo em comunhão com as duas dimensões: a Ciência e a Fé: a primeira faz-me acreditar que vou conseguir alcançar o meu objectivo, pois. graças a ela, a tecnologia e o conhecimento estão avançados e já permitem tratamentos que consigam atingir a finalidade pretendida; a segunda faz-me acreditar que a Deus nada é impossível e que nada acontece por acaso na nossa vida.
E assim, vivo tranquila!


quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

E agora venha a "fisioterapia"

Já está! Tala retirada e um cheio a chulé (que não se aguenta) na mão!!! Credo, nunca pensei que pudesse ficar assim e, por mais que lave a mão, o cheiro teima em não passar.
Agora tenho uma pomada de voltaren para aplicar duas vezes ao dia e uma esponja para fazer fisioterapia doméstica ;) 
P'ra semana há visita ao sô doutor do seguro para avaliar a melhoria do meu mindinho. Estou confiante!
Até lá, trabalho com 20% de incapacidade (que, na prática, não quer dizer nada, já que continuo a fazer o meu trabalho a 100%... bah).

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Ainda sobre o dedo entalado...

... novas descobertas sobre a impossibilidade de executar tarefas tão simples como aparar batatas, lavar o cabelo, ou coçar a cabeça!!!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Ora outro e mais outro...

Pazes feitas com o marido, com muito carinho e amor à mistura, eis que agora tenho o meu dedo mindinho "entalado"... sim, devido a uma luxação contraída no escritório, hoje fui premiada com uma tala fantástica na mão direita. Coisas que dantes fazia com uma perna às costas, agora tornam-se tarefas quase impossíveis!!! Escrever? Lavar os dentes? Limpar o pipi? Colocar gasóleo? Bolas... até cansa só de me lembrar! Como um dedo tão pequenino e ao qual quase não damos importância nenhuma, nos pode torturar e quase levar à loucura?
Parece que a minha visita a Montalegre, na passada sexta-feira 13, por ocasião da noite das bruxas, não surtiu o efeito desejado para afastar o mau olhado e esta maré de azar pela qual estou a passar...

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

O médico pediu, eu acatei!

Na última consulta, apresentei os resultados da minha análise hormonal. Havia lá um valor um pouco mais alto que o normal (sinceramente, não me recordo qual o indicador... sou péssima nessas coisas), no entanto, dentro dos limites. O senhor Doutor pediu que eu emagrecesse uns dois quilinhos para que o resultado ficasse nos parâmetros "perfeitos"... e, tal como o título, o senhor Doutor pediu e eu respeitei, mesmo com rabanadas e bolo-rei, consegui cumprir o que ele havia pedido!
Depois há dias como ontem em que comi um pacote inteirinho de bolachas "Alfa" enquanto trabalhava e para acabar a noite em beleza, fomos ao McDrive comprar 2 super-menus com sobremesa para os deliciar em frente ao mar... bolas!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O meu problema mensal!!!

Há uns anitos para cá tenho sofrido de um mal que me incapacita em diversas tarefas. Estou a falar das temíveis enxaquecas que atiram uma pessoa para a cama, sem dó, nem piedade.
Quando ainda tomava a pílula, era certinho a sua visita na semana da pausa. Agora, além de bastante intensas, não têm hora nem data marcada. 
Essa maldita decidiu aparecer ontem, enquanto trabalhava, e veio com tanta força e tanta pujança que o meu pequeno-almoço foi parar à sanita. O meu chefe, coitado, ao ver-me em tal situação de desespero, mandou-me para casa, mas eu não conseguia conduzir!!! Lá chamei o maridão que prontamente me veio buscar. 
E assim passei uma tarde em casa, às escuras e sem qualquer sonido... hoje estou melhor, mas já cá cantam uns quantos Nimed no bucho (sim, é o único fármaco que faz efeito contra a dor).

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Carta de uma mulher infértil ao mundo

Há uns dias, visitava os blogs que sigo e encontrei esta carta, escrita por psicólogos, onde relatam os sentimentos e emoções de uma mulher que sofre com a infertilidade. Ora vejam:


"A(...) sabe que a amas e queres que seja feliz. Sabe que gostavas que ela voltasse a ser a mesma de antes. Mas ultimamente ela parece-te ansiosa, deprimida e obcecada com a ideia de ter um bebé. Provavelmente é difícil entenderes por que ficar grávida é tão importante e parece ocupar cada segundo da sua vida. A(...) espera que depois de leres este pequeno texto, escrito por psicólogos com experiência, entendas um pouco melhor a dor que ela está a sentir. Podes também ficar a saber melhor como ajudar. 

 Alguns efeitos da infertilidade 

Pode ser surpresa, mas 1 em cada 6 mulheres que querem ter um bebé não o consegue. Há muitas razões para isso: bloqueio das trompas de Falópio, mau funcionamento ovárico, desiquilíbrios hormonais, exposição a substâncias tóxicas, baixa quantidade de espermatozóides do marido, entre muitas outras causas. E ainda por cima, quando uma mulher chega aos 35 anos de idade, torna-se mais difícil engravidar, principalmente porque muitos dos óvulos que produz são de baixa qualidade. 

Todas estas barreiras para engravidar são físicas ou fisiológicas, não são portanto barreiras psicológicas. As trompas não se bloqueiam porque a mulher está "muito ansiosa" para engravidar. Quando existem anticorpos na mulher que matam o esperma do marido, por exemplo, eles não desaparecem se a mulher relaxar. E um homem também não pode fazer com que o seu esperma se mova mais depressa apenas com uma atitude optimista. 

Sobre conselhos "bem intencionados" 

Quando alguém de quem gostamos tem um problema, é natural tentarmos ajudar. Se não houver nada de específico que possamos fazer, tentamos pelo menos dar um conselho. Muitas vezes utilizamos as nossas experiências pessoais ou casos que envolvam outras pessoas que conhecemos: recordas-te de uma amiga que tinha problemas para ficar grávida e que essa amiga conseguiu só porque foi com o marido de férias para uma ilha tropical. Por isso achas que faz sentido sugerir a (...) para meter também férias com o marido… 

A(...) aprecia o teu conselho, mas a sugestão não lhe serve de grande coisa, porque o problema tem uma origem física. Pior ainda: a tua sugestão deixa-a mais magoada. Muito provavelmente já outras pessoas lhe disseram isso imensas vezes. Imagina como é frustrante ela ter de ouvir que outros casais engravidaram "magicamente" durante umas férias, simplesmente fazendo amor. Repara que a(...) está no meio de tratamentos de fertilidade. Nestas circunstâncias, fazer amor e conceber um filho não são coisas muito relacionadas uma com a outra. Nem imaginas quanto é difícil estar a tentar conseguir um bebé e quanto é desanimador sentir que no final de cada mês se voltou a falhar. 

O teu conselho bem-intencionado é um esforço para transformares um problema extremamente complicado num problema demasiadamente simplificado. Ao simplificares o problema desta maneira, retiras importância ao que ela sente, menosprezando as suas emoções. E ela sente-se obviamente aborrecida e chateada contigo nestas circunstâncias. 

A verdade é que não há nada de concreto que possas fazer para a ajudar. A melhor ajuda que podes dar é a tua compreensão e apoio. É mais fácil apoiá-la se souberes como pode ser devastadora a incapacidade de ter um bebé. 
  
Por que pode ser tão devastador não ter um bebé? 

As mulheres são geralmente educadas na expectativa de um dia terem um bebé. Muitas vezes imaginaram ser mães desde que em miúdas brincaram com as bonecas ou desde que começaram a obervar no mundo à sua volta a relação próxima entre "ser mulher" e "ser mãe". Quando a(...) pensa que não pode ter um bebé, pode sentir-se como uma mulher "defeituosa", a quem falta a capacidade de gerar e de ter filhos. 

Por vezes, não ter um bebé é um factor de vida ou de morte. Na Bíblia, por exemplo, Raquel era estéril e disse a Jacob "Dai-me filhos ou morrerei..." (Génesis, 30). Comentando esta afirmação, alguém disse que “não ter filhos é como morrer aos poucos”. E isto sucede porque ter filhos é uma das formas de escaparmos à morte; é um modo de não termos medo da morte. 

São tão poderosos os sentimentos relacionados com a infertilidade, que a pessoa pode sentir-se a morrer, ou mesmo querer morrer. E por enquanto a(...) nem sequer tem a certeza de que vai conseguir ter um bebé. 
  
O que oferece a medicina moderna à mulher infértil? 

Na década passada a medicina reprodutiva fez grandes avanços. O uso de certos medicamentos pode aumentar o número e o tamanho dos óvulos que a mulher produz, aumentando muito as oportunidades de fertilização. Na técnica de fertilização in vitro (FIV) extraiem-se os óvulos da mulher e junta-se com o esperma do homem, num "tubo de ensaio", fazendo-se assim a fertilização no laboratório. O embrião é colocado depois no útero da mulher. Mas existem muitas outras técnicas de reprodução assistida. 

Apesar das esperanças que estas técnicas oferecem, são um "osso difícil de roer". Alguns procedimentos de alta tecnologia só existem em certas clínicas e isso pode obrigar a (...) a viajar grandes distâncias. Quando o tratamento está disponível por perto, ela tem de suportar as visitas regulares ao médico, aplicar injecções diariamente, compatibilizar o trabalho e a vida social com esses procedimentos e ainda gastar consideráveis somas de dinheiro. Tudo isto é acompanhado por uma série de exames embaraçosos e muitas vezes dolorosos. 

A infertilidade é uma condição médica muito pessoal, que a(...) pode não estar em condições dar a conhecer no emprego ou de partilhar com o seu patrão. Por isso às vezes inventa desculpas cada vez que o tratamento coincide com o horário de trabalho. 

Depois de cada esforço médico para engravidar, a(...) tem ainda de aguentar a espera, sempre salpicada por ondas de optimismo e de pessimismo. É uma verdadeira montanha russa emocional. Não sabe se os peitos inchados são um sinal de gravidez ou um efeito secundário dos medicamentos de infertilidade. Se vê uma mancha de sangue na roupa interior, não sabe se é o embrião a implantar-se ou se é o período que está a começar. Se não engravida depois de uma tentativa “in vitro”, pode sentir que o desejo de um bebé morreu mais um pouco. 

Ela tenta viver com este tumulto emocional. Se a convidam para uma festa de boas vindas ao bebé de uma amiga, se a convidam para um baptizado, se sabe que uma amiga ou colega está grávida, se um dia lê uma história de um recém nascido abandonado, podes imaginar a angústia e a raiva que ela sente com as injustiças da vida! Porque a infertilidade penetra em quase todas as facetas da vida, porque surpreende que ela esteja obcecada em chegar à meta? 

A(...) pergunta-se a cada mês se será desta vez. E acaba por não ser, pergunta-se se tem energia para tentar de novo. Poderá pagar outro tratamento? Quanto tempo continuará o marido a apoiá-la? Será obrigada a abandonar o seu sonho? 

Por todas estas razões, quando falares com a(...), tenta sentir empatia com as dificuldades que atravessam a sua cabeça e o seu coração. Ela sabe que te preocupas com ela, e pode necessitar de falar contigo sobre o que está a viver. Mas ela sabe que não há nada que possas fazer ou dizer para a ajudar a engravidar. Ela tem medo que lhe faças uma sugestão que cause ainda mais desespero. 

Que podes fazer pela (...)? 

Podes apoiá-la e não criticares nenhum dos passos que ela esteja a dar para se proteger de um trauma emocional. O medo, o silêncio e a fuga podem ser apenas uma forma de ela se preservar a si própria de mais sofrimento. Podes dizer-lhe algo como: "Estou preocupado contigo. Agora que li este folheto, tenho finalmente uma ideia de como isto é difícil para ti. Gostava muito de te poder ajudar. Estou aqui para te ouvir e chorar contigo, se sentires vontade de chorar. Estou aqui para te animar quando te sentires sem esperança. Podes falar comigo. Eu vou estar contigo a partir de agora”. 

Lembra-te que a(...) está perturbada e muito angustiada. Escuta-a, mas não a julgues. Não tornes pequenos os seus sentimentos. Não tentes querer fazer ver que tudo está bem. Não lhe vendas fatalismo com declarações como "O que tiver que ser será". Se esse fosse o caso, que sentido fariam os tratamentos de reprodução assistida? Saberes e quereres ouvi-la seriam já uma ajuda muito grande. As mulheres com problemas de infertilidade sentem-se à parte, diferentes das outras pessoas. A tua capacidade de ouvir e de apoiar ajuda-a a lidar com toda a tensão que está a viver. A infertilidade é uma das situações mais difíceis que ela teve de enfrentar na vida. 

Exemplos de situações problemáticas 

Tal como um quarto desarrumado pode ser um lugar cheio de obstáculos no caminho de uma pessoa cega, a vida quotidiana pode também estar cheia de dificuldades para uma mulher infértil. Estas dificuldades não existem para as mulheres que têm filhos facilmente. 

Imagina que ela vai a casa de uma cunhada para uma reunião familiar. Uma prima está a dar de mamar ao bebé; os homens estão a ver um jogo de futebol e as outras mulheres falam sobre os filhos. A (...) sente-se excluída e distante. 

O dia de Natal e a passagem de ano são exemplos de outras festas particularmente difíceis para ela. Nestas ocasiões ela recorda o que pensou o ano anterior: “Para o ano vou ter o meu bebé e vou trazê-lo aqui para junto da minha família.” 

Cada uma destas festas representa uma complicação para quem não pode ser mãe. No dia se São Valentim pode recordar o namoro, o amor, o casamento e a família que ela sonhou formar. O mesmo para o dia da mãe e o dia do pai. São dificuldades umas atrás das outras. 

Actividades simples como caminhar na rua ou ir ás compras a um centro comercial são também saídas com surpresas a qualquer momento. Ver as outras mulheres a empurrar os carrinhos de bebé é algo que pode doer. Quando a(...) vê televisão é bombardeada por publicidade de artigos de bebé a toda a hora. 

Num jantar alguém pergunta há quanto tempo é casada e se já tem filhos. Nestas ocasiões sente vontade de sair a correr, mas não pode. Se ela falar sobre a sua infertilidade é provável que oiça um dos tais conselhos bem intencionados: "Relaxa, não te preocupes, quando menos esperares...", ou ainda "Tens sorte. Eu estou farta dos meus filhos, gostaria de ter a tua liberdade". Estes são comentários típicos que fazem com que ela tenha vontade de esconder-se debaixo da mesa. 

Refugiar-se no trabalho e na carreira profissional nem sempre é possível. Ver cada mês que o sonho não se cumpre, pode consumir energias para avançar na carreira. E à volta as outras colegas de trabalho vão ficando todas grávidas. 

Resumindo 

Por não estar a conseguir ter filhos, a vida é stressante para a(...). Ela está a fazer o melhor que pode para sobreviver a este problema. Por favor, entende: às vezes ela está deprimida, outras está ansiosa, física e emocionalmente exausta. Ela não é agora tal como a conhecias; provavelmente nem vai querer fazer as coisas que antes fazia ou desejava fazer. 

Ela não tem ideia de quando e como o problema será resolvido. Ou sequer se será resolvido. Poderá ter êxito, optar pela adopção ou ter de assumir uma vida sem filhos. Por enquanto ela ainda não sabe o que vai acontecer. Tem que levar as coisas dia a dia. Só não sabe porque tem de passar por isto tudo. De uma coisa está certa: vive com uma angústia tremenda todos os dias. 

Por favor, olha por ela. Ela precisa e deseja que o faças." 

Retirado daqui: http://embuscadeumanjo.blogspot.com/

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Prova de fogo

Hoje vou jantar com a tal grande amiga que está grávida de 9 semanas... tenho o estômago e o coração tão apertadinhos porque já adivinho qual será o tema de conversa dominante.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Todos os dias são uma vitória

Uma das coisas que mais me preocupa é o estado de saúde dos meus pais e dos meus sogros. Não que estejam doentes, aliás, os meus pais estão muito bem e recomendam-se, já os meus sogros, bem mais novos que os meus pais (acima de uns 15 anos de diferença), vão sobrevivendo às mazelas que a vida lhes foi oferecendo.
Falo mais pelos meus pais, pois temo que por ordem da vida, poderão partir bem mais cedo já que a sua idade não permite brincadeiras. O meu pai tem 76 anos e a minha mãe 72. Estão ambos reformados e de bem com a vida. São bastante activos e não padecem de nenhuma doença especial (vá lá, a minha mãe tem que reduzir o colesterol e o meu pai toma medicação para a hipertensão, um problema que ganhou após uma cirurgia...). Quem priva com eles admira-se pela sua jovialidade e surpreende-se com as idades.
Pois, o meu medo reside aí... eles nunca adoeceram e temo que quando isso aconteça seja um passo rápido à sua partida. Eu preciso tanto deles!!!! Será que estarei à altura de tratar deles conforme eles tratam (e trataram) de mim? Saberei lidar com a situação?
Eu não sofro por ansiedade, normalmente vivo um dia de cada vez e sei esperar, todavia, são estas preocupações que me alertam que cada dia que passa é uma pequena vitória conseguida. E agradeço por ainda estarem ao meu lado a partilhar todos os momentos. Amo os meus pais!

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Esperamos por ti bebé!

Será que vai ser este ciclo? Uma voz fraquinha sopra um "não" ao meu ouvido e uma esperança renasce no meu coração ao dizer "pode ser"... racionalmente eu sei que não vou engravidar, emocionalmente tenho aquela esperança. E é tão mau sentir-me assim...

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Novo ano, vida nova?!?

Bom dia !
Deixem-me desejar-vos um bom ano novo e que 2012 seja muito próspero em saúde, felicidade e na concretização dos vossos sonhos.
Desde a minha última publicação que não vim aqui. Eu explico... depois do teste negativo, tive a notícia que uma grande amiga minha está grávida de 9 semanas. Fiquei muito feliz por ela e pelo marido e muito triste por mim. Chorei, chorei, chorei... tirei a tarde desse dia porque já não conseguia concentrar-me nas tarefas. Abracei o meu marido com todas as forças que tinha e desabafei. Foi a primeira vez que o fiz... até aqui já havia demonstrado alguma desilusão, mas sempre com uma postura de fortaleza e optimismo. Nesse dia pude, finalmente, deitar tudo cá para fora. Debilitada e muito, muito triste, decidi deixar passar o tempo e evitei cá vir, para não me lembrar do inesquecível.
O conformismo toma conta de nós e é fenomenal a forma como uma mulher consegue lidar com emoções. Se o Natal foi muito triste, ao abraçar, chorosa, essa minha amiga, à qual fiz questão de dar os parabéns pessoalmente e felicitá-la pela prenda de Natal que eu também pedira ao Menino Jesus, a passagem de ano foi festejada efusivamente, conforme manda a tradição: subi a uma cadeira com o pé direito, com uma nota numa mão e o flute de champanhe na outra, e bati os testos com toda a força para espantar o mau-olhado. Coisas às quais nunca dei importância e racionalmente não fazem qualquer sentido, mas que nesta Passagem de Ano fiz questão de não me esquecer!!! Ficaram as promessas de luta pela concretização do sonho de ser mãe e agora que começou um novo ciclo, venha o controlo da temperatura, venham os testes de ovulação e as consultas, venham os exames e a medicação... que pelo meu sonho lutarei com todas as minhas forças e peço a Deus que me acompanhe e nunca me deixe baixar os braços.
Bom 2012 para todos!