sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

A Fé

Ora aqui está um tema polémico: a religião. Falar de Fé é uma experiência muito pessoal, vivida com a intensidade que a pessoa lhe dá e da própria comunhão com os agentes desta.
Eu sempre fui educada numa família católica, mais ou menos praticante, e o meu despertar religioso aconteceu por volta dos meus 13 anos. Desde aí, participava todos os domingos na Missa, fazia parte do grupo dos acólitos, dos leitores e do coro juvenil, ingressei nos escuteiros e por fim, formei-me catequista (com cursos oficiais!).
A minha personalidade estava em construção e em fase de afirmação, conforme um normal adolescente. Quando ingressei na Universidade experimentei um mundo novo que fervilhava ciência, ideologias e conceitos fortes de liberdade, justiça e conhecimento. A minha Fé ficou abalada e fiz uma pausa de três anos na minha prática religiosa. Cheguei ao ponto de questionar tudo e pensar que não necessitava da minha Fé para nada. Eu, ser pensante e consciente, era superior à Fé.
As sementes tinham sido lançadas, morreram, mas não tardaram a germinar. No fim desse tempo, tomei consciência que não era feliz. A ciência explicava umas coisas, mas não tinha resposta para outras... sentia-me vazia... tanto conhecimento que não me preenchia, que não me servia de nada, a não ser para me defender no mercado de trabalho.
Comecei a frequentar, novamente, a Igreja. E voltei a acreditar. Sinto-me felicíssima na minha experiência pessoal com Deus e na vontade de seguir Jesus, proceder segundo o que Ele ensinou. E sou tão feliz!
Agora vivo em comunhão com as duas dimensões: a Ciência e a Fé: a primeira faz-me acreditar que vou conseguir alcançar o meu objectivo, pois. graças a ela, a tecnologia e o conhecimento estão avançados e já permitem tratamentos que consigam atingir a finalidade pretendida; a segunda faz-me acreditar que a Deus nada é impossível e que nada acontece por acaso na nossa vida.
E assim, vivo tranquila!


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